Em 17 dias, foram mais de 30 ações, como dinâmicas,
rodadas de conversas, minicursos, além de ações com a comunidade e mídia local
nos eixos educação, saúde, direitos humanos, justiça e história. A URI
Santiago, teve 10 rondonistas no projeto Rondon 2012- Operação Capim Dourado,
em Miranorte, Estado do Tocantins. Seis cursos estiveram envolvidos, com oito
acadêmicos: Cleton Salbego (Enfermagem), Vanessa Cristina Dalenogare e Mitielle
Saccol Fernandes (Direito), Vilson Menezes (Psicologia), Lais Bertolo
Rebelo Soares e Vanessa Pereira
Salles (Farmácia), Lucas Billo Dias
(Pedagogia) e Cátia Luzia Bonotto
(História). A coordenadora da equipe foi a professora da Enfermagem, Carla da
Silveira Dornelles, e a vice foi a professora Cristiane Banderó Walker, do
curso de Farmácia. A chegada a Miranorte foi em 15 de julho, porque um dia
antes, estiveram em Palmas- TO. Esse é um projeto que ocorre através do
Ministério da Defesa, sendo que a URI realizou uma criteriosa seleção.
Em Miranorte, além dos 10 de Santiago, estavam mais
10 participantes do Mato Grosso do Sul e um Militar. “Éramos uma família de 21
pessoas”, disse Carla. Na chegada, claro que não foi muito fácil. Quatro
dificuldades iniciais foram percebidas: escolas em período de férias, poder
público em recesso, acontecia um carnaval fora de época em uma cidade ao lado e
muitos moradores confundiram os rondonistas com membros de algum comitê
político, devido a todos estarem com camisas amarelas. Devido a isso, os
acadêmicos usaram a Rádio Comunitária do local, para explicar que eram do
Rondon e não políticos.
O roteiro não se deteve a cumprir metas, mas sim, a
adaptar-se a realidade. Quando uma oficina não tinha público, os meninos, por
exemplo, organizavam um jogo de futebol para integração e na metade da partida,
paravam e conversavam com as crianças sobre diversos temas, como
sexualidade.
E, no dia 07 de agosto, o grupo esteve no auditório
da URI para contar a acadêmicos, professores e diretores o que vivenciaram no
Rondon (fotos abaixo). Carla Dornelles chamou os rondonistas para a entrega do troféu à
Universidade. Em seguida, o público conferiu um documentário produzido pelos
acadêmicos Cátia e Vilson, documentário esse, que foi reproduzido aos moradores
na despedida de Miranorte. Vilson, falou em nome do grupo, ressaltando que
apenas três universidades gaúchas participaram do projeto. Agradeceu todas as
coordenações de cursos envolvidos. “A experiência que a gente teve lá, a gente
leva para a vida inteira”, salientou ele.
Troféu sendo entregue aos diretores Padilha e Michele
Coordenadora do grupo, professora Carla
Vilson, da Psicologia
O grupo todo. Da esquerda à direita: Cátia, Mitiele, Vanessa Dalenogare, Lais, Lucas, Vanessa Salles, Vilson e Cleton
Rita Nicola, do RH, repassou aos mesmos as cartas de intenção que entregaram antes da seleção
FOTOS: NUCOM
A emoção, que passou a tomar conta de todos na
noite de terça, fez com que cada um acabasse dando seu depoimento. Para eles, foi
um projeto de total protagonismo estudantil com a meta de conhecer um Brasil sob uma nova visão. Todos
disseram que “é preciso ser feliz com as coisas que a gente tem”. Agora, cada
um é multiplicador dos conhecimentos, que os mudam como profissionais, disseram
eles. A partir do retorno, a coordenadora do grupo disse que cada eixo é
responsável por relatórios de suas oficinas, dentre outras ações que ocorrerão,
como participação em eventos. A Diretora Acadêmica da URI, Michele Noal
Beltrão, salientou o aprendizado que isso gera e disse que o troféu, que
representa tantas vivências, terá um lugar especial na Universidade.
Emocionados, os rondonistas relataram ter voltado transformados,
dando valor a coisas que antes não davam. “Não nos pergunte se somos capazes,
dê-nos a missão”, essa é a frase do grupo, que terminou a noite sendo imensamente
aplaudido pelo público que lotou o auditório da URI.
Rondonistas em Miranorte
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